O Festival Cinema dos Quilombos, realizado pela primeira vez no território quilombola do Açude, em Jaboticatubas (MG), foi marcado pela hospitalidade e pelo cuidado comunitário com quem chega ao território. Isso ficou expresso pelas mensagens aos visitantes e pela prática de acolhimento, respeito aos mais velhos, proteção das crianças e dos bichos.
Nós, do Rosa e Sertão, fomos recebidas por Flávio Cuta e sua companheira e liderança feminina, Nega. De portas abertas, pudemos viver além do festival, e experienciamos de perto a organização comunitária do evento – papo que vai ficar para um próximo post.

A curadoria do festival foi de Danilo Candombe, liderança quilombola e idealizador do evento. O festival exibiu nove filmes, com destaque para produções que abordam resistência, ancestralidade e o cotidiano quilombola: “Meada cor kalunga” (Marta Kalunga, Alcileia Torres e Ana Luíza de Sá Reis), “Tita – 100 anos de luta e fé” (Danilo Candombe), “Nove águas” (Gabriel Martins), “A mãe do meu amigo” (Anderson Lima), “Kutala” (Fabio Martins, em parceria com Quilombo Manzo), e “Voa Arturos” (Othon de Saboia, com moradores do Quilombo dos Arturos).
A programação foi gratuita e generosa, incluiu feira de artesanato em formato de corredor cultural com comida de quilombo e arte. Ainda, tivemos a presença marcante da Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
Gratidão pelos dias!