No dia 10 de outubro, na Casa do Beco, em Belo Horizonte, o Pontão Travessias Sertão Gerais participou de uma roda de conversa com a Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e o diretor da Política Nacional Cultura Viva, João Pontes, junto à Rede Mineira de Pontos de Cultura e aos pontões Minas é Muitas e Abrapalavra. O encontro discutiu a relação entre Cultura e Direitos Humanos.

O Pontão Travessias Sertão Gerais destacou a importância da cultura como tecido social nos territórios do Norte, Noroeste, Jequitinhonha, Mucuri, Espinhaço e Santa Luzia, fortalecidos nos últimos 15 meses pela rede de cultura viva. A coordenadora do Pontão Travessia, Damiana Campos, ressaltou que “sem território não há clima” e que reconhecer mestres e mestras significa preservar a memória das comunidades, valorizando tanto a infância quanto o bem-envelhecer.
No desenvolvimento do projeto, mais de 500 agentes culturais foram mobilizados em 46 municípios, fortalecendo vínculos e redes comunitárias. A ação encerra uma formação iniciada na PNAB 1, reafirmando arte e cultura como estratégias para demarcar territórios e manter a vida no Cerrado.
Também foi destaque da conversa o Tratado de Manga, que apoiou a rede para receber mais de R$ 2 milhões para iniciativas culturais no Norte e Noroeste de Minas, regiões impactadas pela mineração predatória, avanço da fronteira agrícola e empreendimentos de energia solar.
Ao final, a ministra Macaé Evaristo reafirmou o compromisso de integrar cultura e direitos humanos, anunciando parceria com o MinC para um futuro edital de articulação nacional dos pontões voltados a esse campo. A Rede Mineira de Pontos de Cultura, representada por Babalak Bah, entregou uma carta com reivindicações e reflexões sobre a Cultura Viva em Minas Gerais.